Quem mora na Comunidade do Areião, no Jaguaré (São Paulo, SP) sabe o quanto é difícil manter as crianças e adolescentes longe das drogas e da criminalidade.
Marcia, mãe de Mariana (12) e Isabele (9), largou o emprego de diarista para poder ficar mais perto das filhas e não deixar que as meninas se contaminem com o ambiente, vulnerável e muito violento.
A mulher resolveu abriu um salão de cabeleireiro dentro da comunidade e inscreveu suas filhas na Sociedade Benfeitora Jaguaré, uma das organizações da Rede Nossas Crianças da Fundação Abrinq. As meninas integram o CCA (Centro da Criança e Adolescente), onde hoje participam de atividades lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social.
A mãe, que quando criança também frequentou a Sociedade Benfeitora Jaguaré para não ficar nas ruas, revela que uma de suas maiores preocupações foi aliviada graças ao trabalho da organização: “Ao invés de estarem na rua aprendendo o que não presta, na Benfeitora ocupam o tempo com coisas úteis. Só tenho a agradecer pela oportunidade que minhas filhas estão tendo”.
Quando chega sexta-feira, Márcia faz as malas de Mariana e Isabele que vão passar o final de semana na casa da tia, irmã da mãe. “É a melhor forma de mantê-las longe daqui”, completa a mãe que com orgulho enfatiza que lugar de criança e adolescente é em ambiente seguro e com proteção!
* Nomes fictícios para proteger a identidade das crianças e adultos