A amamentação é um processo essencial para a saúde do bebê. Vários estudos recomendam o aleitamento materno como única forma de alimentação até o sexto mês de vida da criança, tendo em vista que ele é fundamental para o crescimento e desenvolvimento saudáveis.
A primeira semana de agosto, entre os dias 1 e 7, é celebrada a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM). A iniciativa ocorre em mais de 120 países com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da amamentação. No Brasil, o Ministério da Saúde é o responsável pelo desenvolvimento da SMAM, que anualmente define um tema a ser trabalhado em prol da prática.
O tema escolhido para 2022 é Fortalecer a amamentação: educando e apoiando e está associado às áreas temáticas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que destacam os vínculos entre amamentação e boa nutrição, segurança alimentar e redução das desigualdades.
Desde 2016, a data está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, em 2018, uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde endossou a Semana Mundial como uma importante estratégia de promoção do aleitamento materno, dando origem à atual campanha.
Instituído pela Lei nº13.435/2017, agosto também passou a ser considerado o mês do aleitamento materno no Brasil. Intitulado como Agosto Dourado, o movimento visa promover ações que estimulem a prática. A cor dourada foi selecionada para representar o padrão ouro de qualidade do leite materno.
Combate à mortalidade infantil
Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças.
De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), em 2020, 54% dos bebês de até 6 meses receberam aleitamento materno exclusivo em 2020. O indicador retrata o aumento de um ponto percentual comparado a 2019, quando a taxa nacional ficou em 53%.
A importância do leite materno
A amamentação assegura proteção à saúde dos bebês, assim como fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
O ideal é que a amamentação aconteça de forma exclusiva e em livre demanda, desde a sala de parto até o sexto mês, e complementar até os 2 anos ou mais.
O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o bebê, facilita a digestão, hidrata e protege contra doenças infecciosas e alergias, bem como melhora a resposta à vacinação e diminui as chances de mortalidade infantil. Porém, não é só o bebê que se beneficia com a amamentação, pois além de fortalecer o vínculo entre a mãe e o filho, o aleitamento materno também protege a mulher contra alguns tipos de câncer, ajuda na recuperação pós-parto, reduz a depressão, entre outros.
Cuidados na hora de amamentar
• Procurar um ambiente tranquilo;
• Escolher uma posição confortável para a mãe e o bebê;
• Concentrar-se na amamentação e no bebê;
• Apoiar o bebê em um travesseiro ou almofada;
• Manter o bebê com a cabeça voltada para o seio materno;
• Manter o corpo e a cabeça do bebê alinhados;
• Colocar o dedo no canto da boca do bebê, para interromper ou reiniciar a amamentação.
A amamentação deve ser oferecida sempre que o bebê manifestar vontade.
No entanto, mesmo com inúmeros benefícios, a prática é considerada um desafio para muitas mulheres. Neste ponto, é importante ressaltar que o sucesso do aleitamento materno pode estar diretamente relacionado à pega correta do bebê durante a amamentação. Por isso, é importante que o corpo da criança esteja alinhado, com a cabeça e a coluna na mesma direção.
A técnica famosa de amamentação consiste em fazer com que o bebê abocanhe a maior parte da aréola, com a boca bem aberta e os lábios inferiores e superiores virados para fora, simulando uma boca de peixinho. Assim, é garantida a retirada adequada do leite do peito.
A pega incorreta pode causar dor, fissuras e rachaduras no mamilo, que resultam em dificuldades na amamentação, pois o bebê não conseguirá sugar todo o leite necessário, levando a mãe a acreditar que o leite não é suficiente. Além disso, alguns sinais indicam que a pega está inadequada, como: bochechas do bebê encovadas a cada sucção formando a famosa “covinha”, ruídos da língua e a mama aparentar estar esticada ou deformada durante a mamada.
E-book: incentivo ao aleitamento materno
Todos os anos, a Fundação Abrinq divulga novas informações e realiza ações para incentivar o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementar até os 2 anos. Para explicar como toda a família pode se envolver e ajudar na amamentação, bem como esclarecer possíveis dúvidas sobre o assunto, ela produziu o e-book Aleitamento materno: um guia para toda família. Disponível gratuitamente para download aqui.
Faça parte deste movimento e estimule a prática também!
Veja o que a Fundação Abrinq já publicou sobre o tema:
O papel das empresas na promoção do aleitamento materno
Equipe da Fundação Abrinq conta sua experiência com o aleitamento materno
Fundação Abrinq participa de oficina de incentivo ao aleitamento materno em Francisco Morato-SP