A Associação Padre Enzo, localizada em Tamandaré (PE), atendia 150 crianças de 2 a 5 anos. Entretanto, mais de 50 ainda aguardavam na fila de espera por uma vaga na instituição.
Com o objetivo de melhorar o aprendizado ofertado e atender mais crianças, a associação inscreveu o projeto Criança Feliz, voltado à Educação Infantil, para receber apoio técnico e financeiro da Fundação Abrinq durante 2 anos. Após finalizar o processo e a aprovação ser oficializada, a organização passou a receber orientações e recursos para aprimorar sua proposta pedagógica e readequar uma sala, antes vazia, para atender 25 novas crianças entre 2 e 3 anos.
“Nós implementamos mais uma turma de maternal, pois tínhamos uma demanda reprimida, e pudemos comprar os equipamentos para essa sala”, conta Roseane Costa, coordenadora pedagógica da Associação Padre Enzo.
Com o apoio, a organização comprou os materiais necessários para equipar a sala como estante, livros para contação de histórias e travesseiros, assim como alguns brinquedos para o playground, que proporcionaram a criação de um laboratório de psicomotricidade — visa estimular os movimentos corporais da criança como andar, sentar ou correr.
“Ao invés de uma, ficaram duas salas, na verdade. Uma como laboratório, onde os professores trabalham com atividades também, e a outra onde as crianças ficam diariamente”, explica Roseane.
Para atender as novas demandas que surgiram com a adaptação das salas, a associação contratou uma professora titular, uma auxiliar de sala e uma recreadora, responsáveis pelo desenvolvimento da nova turma.
Além de ampliar seu atendimento para 175 crianças ao todo, a associação também pôde aprimorar seu atendimento às famílias das crianças beneficiadas e melhorar a qualidade da alimentação ofertada, implantando um self service na hora do recreio. Assim, os pequenos trabalharam a autonomia na hora da alimentação e passaram a escolher o que gostavam ou não e a quantidade de comida que aguentariam comer, reduzindo, inclusive, o desperdício na instituição.
“Nós fazíamos o prato das crianças e com a mudança na alimentação e no cardápio, foi sugerido que fizéssemos um self service. Começamos a fazer e ele foi muito bem aceito tanto pelas crianças como pelo pais [ao saberem da novidade]”, relata.
Entre tantas melhorias, Roseane destaca que um dos pontos mais marcantes do programa foi a orientação técnica que a associação recebeu: “Ela nos instrumentalizou mais ainda e em muitas coisas, nos materiais que recebíamos, nas orientações. Esses dois anos mudaram muitas coisas para nós”, ressalta.
A cada encontro que Roseane participava com as demais organizações conveniadas, voltava para associação cheia de ideias para compartilhar com a equipe e, assim, impactar diretamente no aprendizado das crianças, que passaram a ter mais atividades lúdicas e com foco na vivência.
“Começamos a trabalhar com elas as experiências e vimos que demos um salto nesses dois anos em relação a parte pedagógica”, completa.
Apesar do convênio com a Fundação Abrinq ter encerrado em maio deste ano, a Associação Padre Enzo permaneceu com a contratação dos profissionais e com todas as alterações e conquistas adquiridas, em especial, a orientação da Fundação.
“Estamos correndo atrás da manutenção das ações para 2020 em diante. Para este ano está garantido. Eu nunca participei de nenhum projeto que tivesse todo esse suporte. Sempre que precisarmos, sabemos que tem a Fundação Abrinq para nos ajudar, como um apoio”, finaliza Roseane.
A organização atualmente integra a Rede Nossas Crianças, composta pelas organizações que já foram conveniadas e se reúnem mensalmente para trocar experiências e planejarem ações em conjunto.
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