O Centro de Educação Infantil Paupína, da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Paupína, localizada em Fortaleza (CE), sofria com a alta demanda de vagas na região. Haviam crianças que estavam há 9 meses aguardando uma oportunidade para terem o direito à educação assegurado.
Em meio ao cenário local, a organização inscreveu o Projeto Brincando e Construindo Conhecimento, destinado a crianças entre 3 e 4 anos, no processo seletivo do Programa Nossas Crianças, da Fundação Abrinq. Se aprovado, a instituição passaria a receber apoio técnico, administrativo e financeiro da Fundação, o que poderia ser uma solução para o problema enfrentado.
No final do processo seletivo, em 2017, a organização recebeu a notícia que o projeto tinha sido aprovado e, conforme previsto, receberia o assessoramento pelos próximos 2 anos.
Glaucia Lopes, coordenadora pedagógica do Centro, não pensou duas vezes para realizar a sua primeira ação em parceria com a Fundação Abrinq: “Contratamos uma professora de Educação Infantil e uma auxiliar”, conta.
Com a contratação das novas profissionais, o Centro de Educação Infantil pôde ampliar 40 vagas para a faixa etária do projeto, pois teriam como se adequar às exigências da ampliação, previstas em lei, e como trabalhar o desenvolvimento integral dos pequenos.
“As crianças que estavam em espera, não tinham aonde ficar, as mães não tinham como trabalhar e não tinham condições financeiras para pagar uma escola privada para elas participarem do direito de estar na escola”, explica Glaucia.
A coordenadora afirma que a ampliação no número de crianças beneficiadas pela instituição não foi a única conquista do conveniamento: “Através do convênio, as crianças tiveram todo respaldo, porque a Fundação Abrinq não só ampliou as vagas, mas também equipou as salas. Foi comprado mesas, cadeiras, materiais pedagógicos, brinquedos, ventiladores e foi possível fazer pequenos reparos nas salas que existiam”, completa.
Com os repasses mensais, a instituição conseguiu realizar passeios culturais pela cidade e, inclusive, montar um estoque de materiais pedagógicos, que incluem livros, brinquedos e fantoches para contação de histórias, que poderá atender as crianças mesmo após o término do convênio.
“Tivemos a oportunidade de passear com as crianças, mostrar os lugares de Fortaleza em que as mães não poderiam levar. Nós tivemos esse privilégio”, lembra.
Com o apoio, a organização qualificou seu atendimento em diferentes aspectos. Pôde melhorar a alimentação ofertada às crianças, a infraestrutura e incentivar seus colaboradores a estarem sempre se desenvolvendo.
“A cada visita técnica foi possível melhorar cada vez mais o nosso atendimento, pelas observações feitas, sugestões de atividades a serem desenvolvidas, toda a questão teórica que foi passada. Quando conseguimos ampliar o horizonte, temos uma equipe buscando uma qualificação, uma aprendizagem melhor, com uma visão maior, temos um impacto direto nas crianças”, ressalta.
Apesar do convênio ter encerrado em maio deste ano, Glaucia fica feliz por saber que, se precisar, poderá contar com a Fundação Abrinq independentemente de estar conveniada ou não: “Se eu ligar para ela e dizer que estou com dúvidas ou que estou com dificuldade de qualquer coisa, tem alguém para me atender e me ajudar. O que não tem mais é o recurso financeiro, mas a orientação e o apoio da Fundação nós temos para sempre”, finaliza com orgulho e alivio por todas as realizações dos últimos dois anos.
Atualmente o Centro de Educação Infantil Paupína integra a Rede Nossas Crianças, composta por 228 organizações da sociedade civil, que mensalmente se reúnem para trocar experiências, receber treinamentos e desenvolver ações planejadas entre si.
Você também pode fazer parte desta transformação. Acesse https://www.fadc.org.br/como-ajudar e saiba como ajudar.