O período gestacional é repleto de transições tanto físicas quanto emocionais. É uma fase que envolve a mulher, a família e de certa forma toda a sociedade.
Nesta fase é necessária uma atenção pré-natal e puerperal qualificada, humanizada e acolhedora que promova um atendimento com orientações adequadas sobre o período. A garantia de um serviço de qualidade e o vínculo estabelecido entre a gestante e os profissionais são de extrema importância para uma gestação segura.
O município de Taquaritinga-SP, por meio da coordenação de atenção básica, em parceria com o Programa Mortalidade Zero, da Fundação Abrinq, vem organizando diversas atividades com o objetivo de reduzir os casos de mortalidade infantil na cidade. O programa tem como objetivo atuar em conjunto com os municípios para zerar os óbitos infantis por causas evitáveis.
Uma das necessidades identificadas no município paulista foi o fortalecimento do vínculo entre a gestante e os profissionais de saúde. A forma encontrada de aumentar essa conexão é a realização dos grupos de gestantes na mesma unidade em que a paciente realiza o pré-natal.
Roseleia Santana, coordenadora de atenção básica, relata que este atendimento às gestantes é muito importante para o município em razão da alta taxa de mortalidade infantil. “Com a nova gestão, o atendimento às gestantes que era centralizado, passou a ser realizado nas unidades básicas de saúde, de forma descentralizada e reuníamos os grupos de gestantes quando elas vinham para os atendimentos obstétricos”.
Os grupos de gestantes são formados por mulheres com histórias de vidas diferentes, mas que compartilham os mesmos interesses. Nestes encontros mensais são discutidos temas comuns sobre o tema e a troca de experiências ajudam a esclarecer dúvidas. Têm a finalidade de complementar o atendimento realizado durante as consultas, melhorar a aderência das gestantes aos hábitos considerados mais adequados, diminuir a ansiedade e compreender de forma mais clara os sentimentos que surgem neste período, permitem a aproximação entre profissionais e família, além de contribuírem para o oferecimento de uma assistência mais humanizada.
Há dois meses, os cursos estão sendo realizados em duas unidades dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), em dois Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e nas unidades básicas de saúde que não contemplam os núcleos de apoio, em locais de fácil acessibilidade às gestantes, como próximos às suas residências.
Segundo a coordenadora, as ações têm sido muito positivas com as futuras mães do município. “As gestantes são acompanhadas por uma nutricionista, psicóloga e fisioterapeuta. É realizada uma reunião mensal em que um tema é debatido com elas, como: aleitamento materno, parto, puerpério, nutrição e o último aborda o planejamento familiar. Trabalhamos por meio de rodas de conversas e as gestantes podem tirar as suas dúvidas com os profissionais”.
No último encontro do grupo, as gestantes levam para casa um kit completo, para o enxoval do bebê, com fraldas descartáveis, manta, banheira e alguns itens de higiene.
Mesmo após pouco tempo de atividades, Roseleia comemora os primeiros avanços. “São vários pontos positivos. A gestante chega com muitas dúvidas, mesmo que não seja a primeira gravidez. Por exemplo, o quanto é importante ver as gestantes realizando exercícios com a fisioterapeuta: aquela que deseja um parto normal, vai trabalhando até o final da gestação, toda a musculatura para a hora do parto. Isso é muito bom”.
A coordenadora enaltece o apoio recebido da Fundação Abrinq. “Com a chegada do programa, está sendo possível ao município investigar 100% dos óbitos por meio do Comitê de Mortalidade Infantil. Vamos trabalhar ainda mais pela redução destes casos aqui em Taquaritinga”.
Conheça mais sobre o Programa Mortalidade Zero e saiba como a Fundação Abrinq vem transformando a realidade da saúde infantil de outros municípios.
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