A pandemia tem deixado muitos pais na dúvida sobre o que fazer para evitar que seus filhos se contaminem com o Coronavírus. A procura pela informação correta é cada vez mais constante nos sites de busca, muitas vezes, com mais de uma opinião sobre o tema, deixando ainda mais confuso quem precisa da orientação correta.
A Fundação Abrinq traz nesta matéria, os principais mitos e verdades sobre os cuidados com as crianças na prevenção ao vírus e ajuda as famílias a esclarecerem as dúvidas sobre o assunto.
- Bebês podem ser contaminados com o vírus.
Verdade. Os recém-nascidos, bebês e crianças menores podem ser infectados com a COVID-19. Toda a família deve se proteger do contágio.
- Crianças podem ter os mesmos sintomas que os adultos infectados pelo Coronavírus.
Verdade. Os sintomas variam conforme a idade e a condição clínica da pessoa. Em geral, apresentam sintomas semelhantes à gripe, sendo febre, cansaço, fraqueza, tosse e congestão nasal os mais comuns. Nas crianças também podem aparecer irritabilidade, dificuldade de dormir, cansaço, perda do apetite e obstrução nasal.
- A criança não precisa usar máscara.
Mito. As máscaras de proteção são utilizadas para proteger as vias respiratórias. Elas cobrem o nariz e a boca, evitando que o vírus e outros organismos tenham acesso ao sistema respiratório.
É importante frisar que cada faixa etária possui uma orientação específica para o uso da máscara. O acessório não é recomendado para crianças menores de 02 anos de idade. Crianças mais velhas podem e devem usar a máscara como forma de proteção. Mas lembre-se: é fundamental ter a supervisão de um adulto para evitar possíveis acidentes como sufocamento.
- Vacinas não são recomendadas durante a pandemia.
Mito. Os pais devem manter a carteira de vacinação das crianças e dos adolescentes sempre atualizada.
- As crianças têm baixa capacidade de transmissão do coronavírus.
Mito. O que modifica a forma de transmissão é a carga viral em si e não a idade do paciente.
- Crianças podem brincar com outras crianças durante a pandemia.
Verdade. Desde que sejam mantidos os protocolos de segurança e higienização, como: lavagem das mãos, uso de máscara, uso de álcool gel, manter um distanciamento de cerca de dois metros de outras crianças e evitar contato físico entre elas.
- As crianças também apresentam sintomas de stress ou depressão na pandemia.
Verdade. As crianças também estão suscetíveis aos reflexos psicossociais da pandemia. Esta é a reflexão proposta pela cartilha da série Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19 – Crianças na Pandemia Covid-19, elaborada por pesquisadores colaboradores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz).
Dentre as reações emocionais e alterações comportamentais frequentemente apresentadas pelas crianças durante a pandemia, destacam-se: dificuldades de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação — afirmam os autores da cartilha. São reações esperadas diante das dificuldades do cenário atual, porém lidar com as alterações emocionais e comportamentais das crianças não é fácil para pais e cuidadores, que também estão vivenciando níveis mais elevados de estresse e ansiedade neste período.
- As crianças não devem visitar pessoas mais velhas.
Verdade. Esta orientação, na verdade, é válida para todos. Neste momento, deve-se manter o distanciamento social e evitar contatos próximos entre as pessoas, como: apertos de mão, beijos e abraços.
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