Já pensou sobre como o seu município pode garantir melhores condições de alimentação e desenvolvimento para as crianças e os adolescentes? Encontrar caminhos para este cenário foi o foco do primeiro encontro temático do ano realizado pela Fundação Abrinq, por meio do Programa Prefeito Amigo da Criança, para os municípios integrantes da iniciativa.
O Encontro Temático: Segurança Alimentar e Políticas Para Crianças e Adolescentes contou com a participação do professor e doutor Mauro Fisberg, representante do Instituto Pensi, que apresentou dados sobre a situação da extrema pobreza no Brasil, relacionando-os ao índice de crianças e adolescentes no Brasil que sofrem com baixo peso ou desnutrição. Situações, estas, que foram agravadas, principalmente, com a insegurança alimentar crescente durante a pandemia de COVID-19.
Segurança alimentar nada mais é do que garantir a toda a população o acesso a alimentos que proporcionem uma qualidade nutricional e em quantidade adequada para um desenvolvimento saudável e pleno de qualquer cidadão. Ela pode ser proporcionada por meio de políticas públicas implementadas em âmbito municipal, estadual e/ou federal.
Pensando em compartilhar exemplos de boas práticas e encontrar soluções para minimizar os impactos deste problema, a Fundação Abrinq também convidou três representantes de municípios integrantes do Programa Prefeito Amigo da Criança para que pudessem expor o que realizaram em relação à temática.
A primeira representante a participar foi Vandecleya Moro, secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas – SP. Em sua fala, apresentou o programa Campinas Protege, que ofereceu auxílio financeiro de R$1.300 para famílias que tinham crianças ou adolescentes e perderam pais ou responsáveis devido à COVID-19. Outra ação apresentada foi o Renda Campinas, um programa de transferência de renda com foco na primeira infância e na mulher. Por fim, também apresentou o Campinas Solidária e Sustentável, uma iniciativa que visa garantir às famílias o acesso a alimentos saudáveis, além de um complemento de renda por meio de hortas comunitárias.
“Entendemos que, quando falamos de insegurança alimentar, são vários os eixos que precisam ser tratados para que possamos, de fato, superar este problema. Sempre ouvimos que as crianças são nosso futuro, mas não podemos esquecer que, para ter um futuro, é preciso que cuidemos do presente. As crianças são nossa responsabilidade”, afirma Vandecleya.
Já o município de Sobral, localizado no Ceará, foi representado pela vice-prefeita Christianne Coelho e por Andrezza Coelho, secretária dos Direitos Humanos e Assistência. Durante o encontro, abordaram diversas ações para promover a segurança alimentar no município, mas com foco especial para o Programa Crescer Bem, que visa a superação da extrema pobreza e a promoção do desenvolvimento da Primeira Infância, com transferência de renda e acompanhamento familiar.
“A transferência de renda é uma política importante para a superação da fome. As pessoas vão comprar alimentos com o dinheiro que recebem e têm autonomia para ir até um mercado perto de casa e fazer a economia girar. Também vão comprar alimentos necessários de acordo com a idade das crianças”, relata Andrezza.
Por fim, o último município participante foi Sinop, localizado em Mato Grosso, que foi representado por Sofia Noveli, nutricionista da cidade, que relatou como funcionam, na prática, alguns dos programas para combater a insegurança alimentar na região, como o Programa Saúde na Escola, com estratégias que variam de acordo com a faixa etária e que têm o objetivo de contribuir com a formação integral dos estudantes. Também foi citado o Programa Restaurante Popular, para atender a população em situação de vulnerabilidade social.
“Eu sempre gosto de falar que a alimentação escolar cumpre um papel de proteção social, uma vez que proporciona a redução da fome e contribui para o crescimento psicológico e social, além do aprendizado e melhoria no rendimento escolar. Portanto, é um tema extremamente importante e demonstra a necessidade de garantir segurança alimentar para as crianças”, explica Sofia.
Os municípios integrantes do Programa Prefeito Amigo da Criança terão acesso a outros encontros temáticos ao longo do ano, além de poderem contar com todo o assessoramento técnico oferecido pela Fundação Abrinq. Clique aqui para saber mais sobre a iniciativa.