Na última segunda-feira (12/12), a Fundação Abrinq realizou, em parceria com o Acervo Otávio Roth, um webinar sobre os resultados do Projeto A Árvore durante o ano de 2022. O evento apresentou as ações realizadas no Bioma Amazônico e no Rio de Janeiro, mostrando os impactos para as escolas participantes.
O Projeto A Árvore foi concebido para visitar, pelo menos, dez capitais brasileiras nas cinco regiões, engajando alunos e professores em uma rede ampla e plural, voltada para pensar e discutir o ensino de direitos humanos e os princípios do desenvolvimento sustentável de maneira dinâmica e inovadora, enquanto colaboram para a produção de uma obra de arte participativa, uma instalação itinerante formada por folhas de papel pintadas individualmente por mais de 90 mil crianças de cerca de 70 países.
No início do webinar, Cassia Longo, líder da área de Educação da Fundação Abrinq, e Victor Graça, gerente executivo da organização, deram as boas-vindas aos convidados e ressaltaram a importância do projeto para debater e levar conhecimento sobre os direitos humanos para as escolas da região, fazendo com que cada criança e adolescente participante saiba um pouco mais sobre seus direitos e seu papel como cidadão.
Em seguida, Ana Roth, diretora do Acervo Otávio Roth, realizou a mediação do evento e apresentou alguns dos representantes de Secretarias Municipais de Educação de estados participantes e outros órgãos públicos que fizeram parte das atividades do projeto em 2022, que sensibilizou 494 educadores e 35.544 estudantes de centros urbanos e zonas rurais, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Isabel Roth, curadora do acervo Otávio Roth, apresentou alguns dos principais resultados no ano e diversos depoimentos de professores e crianças que participaram das ações. Confira:
“Nesse projeto, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer seus direitos e que na maioria das vezes lhes são negados, pelo estado e até mesmo pela família, que não conhece o direito de cada criança. Ele veio dar suporte e esclarecer junto aos alunos os direitos que a Lei ampara, de forma lúdica e simplificada, por meio dos 30 artigos trabalhados em sala de aula. No decorrer das atividades, as crianças ficaram curiosas, perguntavam a todo tempo, revelaram seus sonhos e foi libertador, pois cada uma expressou aquilo que almejava para seu futuro, apesar das dificuldades na sociedade em que estão inseridas.", relata Benedita Maria Cordeiro de Messias, professora em Macapá – AP.
“Como vai ser o meu futuro? Eu quero vê-lo, quero saber como vou estar e o que eu vou estar fazendo, quero saber como vai estar meu País, minha cidade. Mas, ao mesmo tempo, eu não quero ver meu futuro, por medo dele ser a cópia do passado, com racismo nas alturas e o preconceito lá em cima, com o machismo no comando de tudo. Será que as pessoas vão melhorar ou só vão piorar?”, questiona Mayara, estudante em Belford Roxo - RJ.
Maria Helena Webster, consultora pedagógica do Acervo Otávio Roth, realizou sua fala destacando o desafio das escolas para trabalhar, de forma interdisciplinar, o diálogo da arte com os direitos humanos. Ela também foi a responsável por anunciar a primeira categoria de escolas que se destacaram ao longo do ano no projeto, as quais você pode conferir abaixo. Na ocasião, também apresentaram uma professora destaque e algumas menções honrosas a outras professoras que foram fundamentais para esta etapa do projeto:
Escolas destaque do Amapá:
Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Nazaré Rodrigues da Silva
Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo Pereira da Silva
Escolas destaque de Manaus:
Escola Municipal Professora Silvia Helena Costa de Oliveira Bonetti
Escola Municipal Villa Lobos
Escolas destaque do Rio de Janeiro:
Centro Educacional João Pessoa
Centro Educacional Paulino Barbosa
Escolas destaque de Rondônia:
Escola Estadual de Ensino Fundamental Tancredo de Almeida Neves
Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria di Sancti Santos
Professora destaque
Ana Lídia Riboli - Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonia Silva Santos – Amapá
Menções honrosas
Jessica Macial Cabral - Escola Municipal José Augusto Roque da Cunha, Manaus – AM
Maria Beatriz Leal da Silva - Centro Integrado de Educação Pública Brizolão 441 Mané Garrincha, Magé – RJ
Zenilza Alves da Silva - Colégio Estadual Charles Chaplin, Rio de Janeiro – RJ
Maria Lucineide Andrade de Oliveira – Escola Estadual Maria di Sancti Santos, Espigão do Oeste - RO
A transmissão também contou com a presença de Durval dos Santos Junior, Gerente de Sustentabilidade da Faber-Castell Brasil, e Maristela Petrili , Diretora Adjunta de Literatura das Editoras Moderna e Salamandra, do Grupo Santillana, que foram parceiros do projeto e puderam anunciar alguns dos nomes reconhecidos.
Após os anúncios, o webinar se encaminhou ao seu final. No próximo ano, o Projeto A Árvore volta às atividades, mas, desta vez, no Bioma Pantanal e no Bioma Cerrado. Confira:
2022 – Bioma Amazônico + Rio de Janeiro
2023 – Bioma Pantanal + Bioma Cerrado
2024 – Bioma Caatinga
2025 – Bioma Mata Atlântica + Bioma Pampa