A Fundação Abrinq lançou, em março, nova edição do Guia de Gestão para quem dirige Organizações da Sociedade Civil, com o objetivo de contribuir com a qualificação do processo de gestão das organizações da sociedade civil.
A primeira edição do guia foi publicada em 2002. A publicação está organizada em oito capítulos. Além de conter informações atualizadas sobre diversos temas como governança, trabalho remoto, sistema de gestão digital, captação de recursos e marketing nas redes sociais, a segunda edição conta ainda com vídeos explicativos, correspondentes a cada capítulo, complementando o conteúdo.
Faça o download da versão completa do Guia de Gestão.
Gestão financeira
A escassez de recursos é uma referência importante para a gestão financeira e trabalhada especificamente no quinto capítulo, Gestão financeira de organizações da sociedade civil, que aborda também a importância do fornecimento de informações corretas e adequadas que subsidiem decisões que envolvam colaboradores, prestação de serviços e a relação com a comunidade.
Ainda que não tenha fins lucrativos, uma organização da sociedade civil necessita de processos eficientes para gerir os voluntários, funcionários, ações realizadas, recursos captados, prestação de contas, impostos, encargos e outras tarefas que precisam ser cumpridas.
Um sistema de gestão integrado e informatizado irá contribuir para haver mais tempo para focar nas ações sociais, gerenciar a prestação de contas de forma mais segura e simples, assegurar uma boa gestão de pessoas, facilitar uma gestão financeira eficiente e reduzir erros nos processos.
O sistema de controle financeiro é necessário para monitorar o desempenho global da instituição. O monitoramento pode não ser suficiente para identificar os tipos de correção a serem realizados, mas ele deve indicar, com clareza, quais aspectos da prestação de serviços, finanças, pessoas ou relações com a sociedade são a causa de um desempenho insatisfatório, além de sugerir onde uma análise mais detalhada deve ser realizada.
Assista o vídeo completo do capítulo:
Captação de recursos
O sexto capítulo, Captação de Recursos, mobiliza a gestão na direção da captação consciente e potencializadora, em oposição à uma acomodação perante a limitação.
Faz parte do conjunto de ações estratégicas de uma instituição o esforço organizado e contínuo de atração de recursos, na medida em que a sua escassez compromete não somente a qualidade dos projetos e atividades, mas principalmente o cumprimento de seu objetivo.
O processo de captação é uma forma de conscientizar a sociedade civil para a causa da organização social e mobilizá-la para as ações de desenvolvimento social. As pessoas precisam saber que a organização tem necessidades de recursos para implementar projetos e atividades que podem colaborar para resolver os problemas da comunidade.
O autor apresenta elementos a serem considerados na elaboração de um plano de captação para que, de maneira organizada, as organizações se fortaleçam, se desenvolvam e possam continuar cumprindo a sua missão hoje e no futuro.
Acesse agora o vídeo do capítulo:
Comunicação e marketing
Transformar causas em marcas fortes que tenham personalidade e sejam referência afetiva no dia a dia das pessoas. Este é um dos principais desafios da comunicação relacionada ao terceiro setor e, atualmente, assume um papel importante na gestão de uma instituição social. O oitavo e último capítulo, A comunicação e o marketing como ferramentas estratégicas de gestão social, aborda a contribuição da comunicação e do marketing como importante recurso no processo de gestão de uma organização.
Marketing é a gestão de uma causa vista a partir de seu resultado, que é a satisfação dos vários públicos de interesse.
No atual estágio de desenvolvimento do setor no Brasil, uma ferramenta de gestão como a comunicação só alcançará um bom nível de eficácia se for utilizada com profissionalismo. Para isso, é necessário escolher um posicionamento adequado à missão da organização, identificar os públicos de interesse com os quais se deseja comunicar, conhecer o público e determinar qual resultado se pretende obter, como: a utilização de serviços, doação de recursos, trabalho voluntário e parcerias.
Em seguida, é preciso elaborar o conteúdo e os meios ou canais de comunicação que deseja utilizar para atingir diferentes públicos de interesse. O próximo passo é definir e distribuir os recursos financeiros necessários para as ações de comunicação.
Para avaliar os resultados da comunicação de sua instituição é necessário analisar se as respostas desejadas estão sendo, de fato, obtidas junto ao público, ou seja, se os objetivos estratégicos estão sendo alcançados de modo satisfatório, conforme o estabelecido no planejamento. As ações devem ser avaliadas (de preferência uma a uma) durante o processo de comunicação e não em conjunto ao final dele. Essa prática se chama monitoramento. A principal vantagem de monitorar os resultados a cada ação implantada é que as instituições podem identificar, com maior precisão, eventuais problemas de percurso, corrigindo-os, aperfeiçoando e readequando medidas e procedimentos.
Veja o vídeo completo:
Confira outras matérias sobre o tema:
Planejamento e trabalho remoto são destaques na nova edição do Guia de Gestão
Guia de Gestão aborda sustentabilidade, identidade e governança nas organizações da sociedade civil
Fundação Abrinq lança nova edição do Guia de Gestão para organizações da sociedade civil