Com o Projeto Coletivos, a Fundação Abrinq busca fortalecer coletivos periféricos que promovem os direitos e a cidadania de crianças e adolescentes, a partir da realização de encontros para troca de experiências, assistência técnica e repasse de recursos financeiros.
Após o término de uma bem-sucedida parceria com cinco coletivos na cidade de São Paulo entre 2022 e 2023, a Fundação Abrinq, em um esforço para ampliar o impacto positivo, estendeu suas ações para 11 novos coletivos em diversas regiões do país. “Serão mais de R$ 20 mil investidos mensalmente nos coletivos selecionados, o que demonstra o nosso compromisso com o apoio e o fortalecimento das importantes iniciativas sociais que são realizadas por esses grupos periféricos”, conta Victor Graça, gerente executivo da Fundação Abrinq.
Conheça abaixo os novos coletivos conveniados ao projeto:
Poesia nas Quebradas
O Poesia nas Quebradas, situado em Planaltina – DF, é um coletivo que trabalha com os cinco elementos do Hip Hop, além de promover o grafite sensorial. Apesar de não possuir uma sede física, o grupo conta com cerca de 15 integrantes e atende aproximadamente 20 crianças. Seu foco primário é a prevenção da criminalidade por meio de atividades engajadoras.
“Iniciativas como essa beneficiam todo nosso território, movimentam a economia local e permitem que avancemos na comunicação das nossas redes sociais e na comunicação do coletivo como um todo”, relata Ravena Silva, do Poesia nas Quebradas.
Biblioteca Comunitária Roedores de Livros
Localizado em um shopping popular de Ceilândia – DF, o coletivo Roedores de Livros é uma biblioteca comunitária que busca formar leitores. Com sete integrantes, o grupo oferece atividades de leitura e oficinas de cultura e artes, atendendo cerca de 30 crianças. A biblioteca é equipada com mobiliário adaptado, proporcionando um ambiente acolhedor para os pequenos.
“É muito positiva a possibilidade de gerir o recurso financeiro de acordo com as necessidades e escolhas do coletivo, desde que empregado em benefícios das crianças e dos adolescentes atendidos e com apresentação de prestação de contas simplificada”, explica Célio Calisto Bandeira, colaborador do grupo.
Àsé Dúdú
O coletivo Asé Dúdú, sediado em um terreiro em Ceilândia – DF, promove a cultura negra oferecendo atividades relacionadas à capoeira, à dança afro, à percussão e a blocos de carnaval. Com 15 integrantes, o grupo atende aproximadamente 25 crianças e adolescentes, mantendo parcerias com escolas da região.
“A nossa expectativa é que tenhamos possibilidades de crescimento, com condições de construirmos um mundo mais feliz e digno para as nossas crianças e os nossos adolescentes, encontrando motivação para o dia a dia”, conta Elizabete Cintra, do coletivo.
Gaviões da Lua
Localizado em Salvador – BA, o coletivo Gaviões da Lua trabalha com história, oficina de instrumentos e dança para crianças, atendendo entre 20 e 25 pequenos. Com quatro integrantes, o grupo pretende adquirir equipamentos com o recurso oferecido pela Fundação Abrinq, focando em manter as crianças longe das ruas e estimulando a aproximação dos pais nas atividades do grupo.
Coletivo Cultural Ibomin
Situado em Lauro de Freitas – BA, o Coletivo Cultural Ibomin opera uma biblioteca comunitária dentro de um terreiro. Com um olhar voltado para a igualdade racial, cultura popular, tolerância religiosa e literatura, atendem aproximadamente 60 crianças.
Companhia de Artes Elementos
Atuando em Salvador – BA, este grupo de artistas oferece atividades de teatro e dança afro, atendendo cerca de 30 crianças em suas ações itinerantes. Com o intuito de formar um grupo para atividades contínuas, o coletivo passou a realizar atividades em uma escola depois do apoio da Fundação Abrinq.
“O apoio da Fundação Abrinq foi o estímulo que precisávamos para ampliar nossas ações e materializar um sonho que era manter oficinas formativas na nossa comunidade. Nosso compromisso é compartilhar a produção artística e intelectual da Companhia de Artes Elementos que acumulamos ao longo dos 13 anos”, explica Juliana Monique, colaboradora do grupo.
Centro Cultural Mamulengo
O Centro Cultural Mamulengo, atuando em uma comunidade distante de Salvador – BA, oferece atividades voltadas para teatro de bonecos, debates sobre violência policial e a cultura negra. Com cerca de 15 crianças atendidas, o grupo planeja expandir sua atuação por meio da formação de oficineiros, uma iniciativa apenas possível a partir apoio da Fundação Abrinq.
Maloka Cultural
Situado em Lauro de Freitas – BA, o Maloka Cultural oferece atividades variadas em arte, cultura, música, cinema e artesanato para crianças. Atendendo de 25 a 30 pequenos, contam também com o suporte de voluntários como dentistas e psicólogos.
Biblioteca Comunitária do Arvoredo
A Biblioteca Comunitária do Arvoredo, localizada em Porto Alegre – RS, concentra-se na mediação de leitura e na promoção de slams, atividades que reúnem aproximadamente 30 crianças. O coletivo recebe diariamente a visita de serviços sociais, fortalecendo seu papel na comunidade local.
“Devido às fortes chuvas e ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul e danificaram o nosso espaço, o recurso financeiro possibilitará algumas reformas necessárias em nosso telhado para a retomada dos serviços com a qualidade de sempre”, relata Eduardo Peixoto, do coletivo.
Coletivo Caixa de Pandora
O Coletivo Caixa de Pandora, de Porto Alegre – RS, é formado por artistas, é especializado em teatro Lambe-Lambe, uma espécie de teatro em miniatura, e pretende formar uma turma para que as crianças criem seus próprios materiais de cena. Atendem cerca de 80 crianças e, após o suporte da Fundação Abrinq, trabalharão diretamente com uma escola.
“A importância do apoio da Fundação Abrinq é muito grande. Com ele, estamos possibilitando que crianças em situação de vulnerabilidade social tenham a oportunidade de se envolverem com a arte do teatro Lambe-Lambe”, comenta Alexander Kleine, colaborador do Caixa de Pandora.
A Pezito
Atuando em parceria com uma associação comunitária, o coletivo A Pezito concentra-se no tema da segurança diária e da mobilidade em Porto Alegre – RS, realizando oficinas sobre esses assuntos. Com planos de atender até 30 crianças, pretendem utilizar o recurso da Fundação para estabelecer um trabalho fixo e contínuo.
“Estamos entusiasmados com a perspectiva de colaborar em rede com outros coletivos apoiados e, sem dúvida, aprender com a vasta experiência da Fundação Abrinq. A parceria representa uma oportunidade única para fortalecer a instituição, ampliar a visibilidade e atrair novos doadores e parceiros para apoiar a missão na Pedreira”, comenta Marina Mergulhão, do A Pezito.