A poliomielite, também conhecida como pólio, é uma doença altamente contagiosa que pode causar paralisia permanente em casos graves. Ela afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas adultos não vacinados também correm risco. Embora atualmente seja rara em muitos países devido aos programas de vacinação, o risco ainda existe, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal.
Nos últimos anos, o Brasil enfrentou uma queda considerável na cobertura vacinal contra a doença, tanto nacionalmente quanto em diversos municípios. Apesar de sinais de melhora recente, é preciso cuidado redobrado para que a pólio não volte para o país, que registrou seu último caso em 1989.
A seguir, entenda como a poliomielite funciona, como surgiu e sua forma de transmissão.
Como a poliomielite funciona?
A poliomielite é causada pelo poliovírus, que ataca o sistema nervoso, podendo levar à paralisia em questão de horas após a infecção. Na maioria dos casos, a doença é assintomática ou apresenta sintomas leves, como febre, fadiga, dores de cabeça e vômitos. No entanto, em cerca de 1% dos infectados, o vírus invade o sistema nervoso central e destrói neurônios motores, resultando em fraqueza muscular e, eventualmente, paralisia permanente, principalmente nos membros inferiores.
Como a poliomielite surgiu?
Trata-se de uma doença antiga, com relatos de sua existência desde o Egito Antigo, onde imagens de pessoas com deformidades sugerem que sofriam de paralisia provocada pela pólio. No entanto, foi no século 20 que a doença atingiu proporções epidêmicas, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. A primeira vacina eficaz contra a pólio foi desenvolvida na década de 1950 por Jonas Salk, seguida pela vacina oral de Albert Sabin, que permitiu uma imunização em massa mais acessível e eficaz.
Como a poliomielite é transmitida?
O poliovírus é altamente contagioso e se espalha principalmente por via fecal-oral, ou seja, por meio do contato com água, alimentos ou superfícies contaminadas com fezes de uma pessoa infectada. A transmissão também pode ocorrer, embora com menor frequência, por gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Em locais com saneamento inadequado, o vírus pode se disseminar rapidamente, o que torna a vacinação a principal estratégia de controle e prevenção.
A importância da prevenção
A vacinação é a única forma eficaz de prevenir a poliomielite. Países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, adotaram campanhas de imunização em massa para erradicar a doença. No entanto, é fundamental manter altas taxas de vacinação para evitar o ressurgimento do poliovírus, especialmente em regiões vulneráveis.
Projeto Vacinação
Sabendo da importância de se combater a poliomielite, a Fundação Abrinq, em parceria com a Sanofi, desenvolve o Projeto Vacinação, em São Vicente - SP. Com a iniciativa, o objetivo é atuar em conjunto com a gestão municipal de Saúde para ampliar a cobertura vacinal contra a doença viral.