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Projeto financiado pela Fundação Abrinq ajuda a reduzir desnutrição de crianças indígenas

09/12/2019
Projeto financiado pela Fundação Abrinq ajuda a reduzir desnutrição de crianças indígenas

Entre maio de 2017 e 2019, o projeto Mudança de Hábitos Alimentares acompanhou crianças indígenas em desnutrição, promovendo oficinas que trataram da introdução de novos alimentos à dieta das crianças e famílias, diversificando as fontes de nutrientes, estimulando seu aproveitamento integral e fortalecendo a segurança alimentar e nutricional. Ao todo, 143 crianças, de zero a seis anos, foram beneficiadas.

“Escrevemos o projeto para o edital da Fundação Abrinq, em razão do alto número de crianças desnutridas dentro da aldeia e com a execução do projeto houve uma diminuição grande nos casos”, destaca Dulcinea Pastrello, coordenadora do projeto no Centro de Educação e Cultura Indígena Jaraguá, em São Paulo. 

Com uma equipe composta por uma nutricionista, uma educadora indígena e uma auxiliar de serviços gerais indígena, o projeto utilizou métodos para garantir saúde e uma alimentação saudável a todos. Para isso, a cozinha comunitária da tribo Guarani Mbyá passou por uma reforma e alimentos foram oferecidos, para que os indígenas tivessem acesso aos mais variados nutrientes. Além disso, outras práticas definiram o sucesso da iniciativa: 

•    Aprimoramento de receitas das comidas típicas, utilizando o aproveitamento total dos alimentos e o alto valor nutricional das cascas; 
•    Participação das famílias nas oficinas culinárias; 
•    Oficinas com gestantes, com foco na prevenção da desnutrição; 
•    Participação das crianças em atividades pedagógicas durante oficinas culinárias com as mães.

Outra estratégia utilizada foi a visita e acompanhamento das famílias e crianças com baixo peso. A ação foi realizada em conjunto com profissionais do posto de saúde próximo à região. 

“Os indígenas têm uma alimentação à base de farinhas e grãos, e as mães são muito novas para preparar o próprio alimento e amamentar as crianças. Então, a nutricionista teve um papel muito importante, pois ela não só ensinou a melhorar a qualidade da comida, adicionando mais fibras, legumes e fígado no dia a dia deles, como também ajudou a monitorar as famílias durantes as nossas visitas”, afirma Dulcinea Pastrello.

Após a implantação e o término do projeto, a alimentação, o convívio e a interação familiar melhoraram na comunidade. 

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