No dia 23 de agosto, aconteceu o seminário de encerramento do Programa Protegendo Sonhos, da Fundação Abrinq, em parceria com as marcas da SC Johnson, Raid®, Baygon® e OFF!®, e o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo. O evento, oferecido para educadores e gestores de escolas municipais, foi realizado no CEU Pêra Marmelo, na capital paulista, e contou com apresentações de boas práticas de projetos desenvolvidos em escolas de São Paulo (SP) e também de São Luís (MA), com a participação dos alunos da EMEF Badra para apresentação de dança, música e poesia.
Ao todo, cinco Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) de São Paulo foram escolhidas para participarem do programa: a EMEF Dilermando Dias dos Santos, EMEF City Jaraguá, EMEF Professor Renato Antônio Checchia, EMEF Desembargador Sílvio Portugal e EMEF Padre Leonel Franca. A proposta do programa envolveu a formação, presencial e à distância, de professores e gestores das escolas participantes, além da distribuição de kits pedagógicos, compostos por jogos, livros de literatura, documentários e filmes. Os materiais subsidiam o planejamento de projetos dos professores de Língua Portuguesa e Matemática.
“É importante propor outras metodologias, porque as vezes pensamos que estamos atingindo todos, mas de fato não estamos. O programa mudou muito o meu olhar com relação a aprendizagem, porque sempre temos que pensar naqueles alunos que não conseguem aprender, então foi fundamental trazer outras metodologias”, relata Sérgio dos Santos, professor de matemática da EMEF Padre Leonel Franca.
O programa também estimulou a troca de experiências entre as escolas participantes para que possam usar como exemplo situações reais de outras localidades.
“O programa trouxe essa possibilidade de entrar em contato com outros materiais, dialogar com outras pessoas de outras escolas e começar a encaixar dentro dos projetos que temos, as atividades do programa, fazer com que elas tomassem força dentro daquilo que é importante para a nossa comunidade escolar”, relata Fátima Ghazzaoui, professora de Língua Portuguesa da EMEF Dilermando Dias dos Santos.
Professores e gestores das escolas Padre Leonel Franca, Renato Antônio Checchia e Desembargador Silvio Portugal apresentaram práticas que foram feitas a partir das formações do programa.
“Quando você trabalha com alguma coisa que é da realidade deles, uma coisa do mundo deles, eles trabalham com mais vontade. Achei o programa sensacional, pois envolve temas transversais e proporciona uma nova visão de como enxergar, não só o conteúdo, mas também a vivência de um trabalho diferenciado, de uma maneira de passar as informações para eles, por meio de matérias que se conversam, como Língua Portuguesa, Matemática e Ciências”, diz Paulo Henrique Cordeiro, professor de Matemática da EMEF Renato Antonio Checchia.
Além do seminário de encerramento, em agosto, cada município recebeu uma escola visitante. São Paulo realizou o intercâmbio com São Luís, que compartilhou as boas práticas da Unidade de Educação Básica (UEB) Alberto Pinheiro.
Patrícia Caldas, da Secretaria Municipal de Educação de São Luís, abriu as apresentações do evento com o tema “Trabalho em rede no município de São Luís” e comentou estratégias desenvolvidas nas escolas que participaram do programa na cidade.
“Quando o Protegendo Sonhos chegou na Secretaria, entendemos, pela concepção de trabalho em rede, que o ideal seria agrupar mais sujeitos para potencializar os trabalhos nas escolas. Então, nosso foco foi priorizar as escolas que estavam com necessidades com relação ao IDEB e identificar dentro da nossa região aquilo que era de mais importante. Acompanhamos esse trabalho, junto com a Fundação Abrinq, o processo de formação dos professores, depois o acompanhamento da plataforma à distância, que foi onde continuou o processo de formação e também na execução do plano nas escolas”, explica Patrícia.
No evento, os estudantes ainda dançaram, cantaram e encantaram a todos com um repertório de músicas de origem espanhola. O jovem Wesley, também da EMEF Brada, recitou uma poesia de autoria própria que fala sobre questões raciais e sociais. Ao final das apresentações, o público pôde fazer questionamentos e reflexões sobre as práticas.
“O nome é Programa Protegendo Sonhos e a educação como um todo tem que proteger sonhos, porque nós lidamos com pessoas muito carentes, em um nível muito alto de vulnerabilidade e que muitas vezes não têm sonhos. Esses sonhos acabam sendo perdidos pela violência e pela falta de recursos, então pensar que proteger sonhos é diminuir a desigualdade social, é de certa forma pensar na equidade transformando o sonho”, finaliza Sérgio.
A Fundação Abrinq também realizou o seminário de encerramento do programa em São Luís (MA), Salvador (BA) e Vitória (ES), nos dias 21, 27 e 29 de agosto, respectivamente.